Em campo, o São Paulo encerrou o ano de 2023 em 6 de janeiro com um saldo muito positivo: conquista de um título inédito e crucial, retorno à CONMEBOL Libertadores e uma equipe com uma espinha dorsal bem definida. Isso permitiu que o clube já tivesse delineado suas prioridades no mercado de transferências, mas Caio Paulista “desorganizou” o planejamento.
Como isso aconteceu? A resposta é clara: com a aprovação do técnico Dorival Júnior, o São Paulo havia planejado buscar cinco reforços: dois meio-campistas volantes e três atacantes, sendo dois de velocidade para as alas e um centroavante mais tradicional, um goleador, para ser o reserva imediato e a alternativa para Calleri. A contratação de um lateral nem mesmo estava nos planos.
O início das contratações foi veloz e certeiro. Já em 10 de dezembro, o São Paulo oficializou a chegada de Erick, de 26 anos, com quem já mantinha um pré-contrato há meses. O primeiro atacante veloz para as extremidades do campo estava assegurado. No dia seguinte, o experiente Luiz Gustavo, de 36 anos, também teve sua contratação confirmada, sendo o primeiro dos dois meio-campistas almejados. O segundo chegou seis dias mais tarde: Damián Bobadilla, paraguaio de 22 anos, veio do Cerro Porteño-PAR.
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Além disso, o clube conseguiu estender o contrato de Lucas Moura até o final de 2026. Tudo parecia perfeito. Pelo menos, parecia! Em 23 de dezembro, o ESPN.com.br divulgou que a tentativa do São Paulo de adquirir em definitivo os direitos de Caio Paulista, que estava emprestado pelo Fluminense, encontrou obstáculos e, para piorar, o Palmeiras estava envolvido na situação.
Isso rapidamente se tornou o tópico principal no mercado de transferências nacional durante o período de Natal, e tudo indica que o desfecho resultará no lateral-esquerdo vestindo a camisa alviverde em 2024. As relações foram prejudicadas, e o empresário do jogador, Eduardo Uram, já comentou extensivamente sobre a situação, que parece irreversível.
Para o São Paulo, além da decepção de ver um de seus titulares se encaminhando para o arquirrival, surgiu uma preocupação que nem mesmo fora considerada.
Agora, a possibilidade de buscar um novo lateral-esquerdo no mercado se torna uma realidade. Nomes como Dalbert, ex-Internacional, e Espínoza, do Libertad-PAR, já foram cogitados. Optar por um desses jogadores, juntamente com os três atletas da posição já presentes no elenco – sendo que apenas Welington conta com a confiança da torcida e da comissão técnica, enquanto os outros são Moreira e Patryck Lanza – será uma decisão que precisará ser tomada
A realidade é que lidar com o ‘caso Caio Paulista’ consumiu considerável tempo e esforço da diretoria tricolor, que ainda possui duas metas não concretizadas no plano de reforços: a busca por outro atacante de ponta, tendo Ferreirinha, do Grêmio, como alvo desejado, e a procura por um centroavante, inicialmente direcionada a Pedro Raul, atualmente no Toluca, México, embora as negociações não tenham progredido até o momento.
A busca pela perfeição já não está mais presente, e o São Paulo precisa agora superar esse revés para concluir o mercado de transferências com uma série de conquistas. Resta aguardar.