O Clássico-Rei inaugural do ano concluiu-se de forma espetacularmente equilibrada. Inicialmente, o Fortaleza enfrentou uma desvantagem de 2 a 0 contra o Ceará no primeiro tempo. Contudo, no segundo tempo, o Fortaleza conseguiu reverter a situação, mas acabou sofrendo o gol de empate por pênalti aos 53 minutos. Realizado neste sábado (17) na Arena Castelão, na capital cearense, o jogo terminou em um emocionante empate de 3 a 3, válido pela quinta e última rodada da fase de grupos do Campeonato Cearense. Ambas as equipes venceram seus grupos e garantiram automaticamente vaga nas semifinais, cujas datas ainda serão definidas. Os adversários nas semifinais serão determinados pelos confrontos das quartas de final.

A virada do Fortaleza aconteceu em um período de apenas 12 minutos, com gols marcados por Tinga, Kauan e Machuca, estes dois últimos inseridos pelo técnico Juan Pablo Vojvoda durante o segundo tempo. Matheus Felipe e Aylon foram os responsáveis pelos gols do Ceará na primeira etapa, enquanto Saulo Mineiro, convertendo um pênalti nos últimos instantes do jogo, igualou o placar.

O confronto atraiu mais de 40 mil espectadores para o Castelão, com o estádio quase dividido entre as torcidas, um cenário incomum nos clássicos estaduais atuais. Como mandante, o Fortaleza teve o direito de comercializar 60% dos ingressos, enquanto o Ceará ficou com os 40% restantes.

No início do confronto, o Ceará optou por uma abordagem mais cautelosa, permitindo ao Fortaleza controlar a posse de bola. No entanto, foi nos contra-ataques, especialmente pelo lado esquerdo, que o time cearense encontrou brechas para punir o adversário. Surpreendentemente, o primeiro gol veio de uma jogada de bola parada, com Matheus Felipe subindo livre para marcar após um escanteio.

Este gol pareceu abalar as estruturas do Fortaleza, que começou a cometer uma série de erros de passe. Mesmo com o jovem talentoso Kervin demonstrando lampejos de habilidade, a equipe não conseguia transformar suas jogadas em efetividade. Em um rápido contra-ataque, a bola acabou nos pés de Aylon na área, que finalizou com sucesso, ampliando a vantagem para o Vozão. Antes do intervalo, uma confusão entre jogadores resultou em dois cartões vermelhos, ambos para zagueiros: Britez e Matheus Felipe foram expulsos.

O técnico Juan Pablo Vojvoda promoveu duas substituições, retirando Kervin e Moisés para dar lugar a Kauan, outro jovem, e Machuca. A intenção era garantir maior controle do meio-campo e imprimir mais velocidade ao jogo, agora com ambos os times reduzidos a dez jogadores. O Leão então cresceu na partida, empurrando o Ceará para sua própria metade do campo.

A virada veio em um espaço de apenas 12 minutos. Primeiro, Tinga aproveitou o rebote de uma bola que havia batido na trave, em seguida, Kauan marcou um belo gol de longa distância, no ângulo. O terceiro gol foi resultado de uma jogada individual de Machuca, que avançou pela entrada da área e finalizou com precisão, sem chances para Fernando Miguel. No banco, o normalmente contido Vojvoda extravasava, pedindo aos torcedores que continuassem cantando.

Quando tudo parecia perdido para o Ceará, já nos acréscimos, Erick Pulga cabeceou dentro da área e a bola atingiu a mão de Yago Pikachu. O árbitro assinalou pênalti, convertido por Saulo Mineiro aos 53 minutos, resultando num empate inesperado. Novamente.

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